Direito de Família na Mídia
Mulher norueguesa perde guarda de filhos por ter QI baixo
27/03/2005 Fonte: Espaço Vital em 24/03/05Uma norueguesa - descrita por amigos e vizinhos como uma boa mãe - perdeu a guarda de suas duas filhas porque teve mau desempenho em um teste de inteligência. As informações são da agência Reuters e foram veiculadas, ontem, no saite Terra.
Svanhild Jensen, de 24 anos, está desesperada para recuperar a guarda das crianças, de 1 e de 3 anos, e já fez outro teste de QI, no qual obteve melhor resultado. Sua história provocou indignação na Noruega.
Os assistentes sociais da cidade de Kvaenangen, no norte da Noruega, entregaram as duas meninas a um lar adotivo, depois de concluírem que Jensen não estava apta a criá-las, especialmente por ter feito apenas 53 pontos em um teste de QI realizado em setembro.
A Justiça manteve a decisão, mas Jensen realizou outro teste, com um especialista independente, no qual ela atingiu 95%, ou seja, dentro da faixa de 85 a 115 pontos que as autoridades consideram "normal". O serviço social disse que não pode reverter sua decisão, mas está disposto a seguir uma eventual determinação dos tribunais de recurso.
Após o primeiro teste, as autoridades concluíram que o QI de Jensen indicava que ela era "moderadamente deficiente mental", e portanto inapta para criar as meninas, mesmo ela tendo trabalhado em um jardim da infância antes de ser mãe. Já o segundo teste descreveu Jensen como "normalmente dotada de habilidades e apta a tomar conta de suas crianças".
Os testes de QI, que podem indicar a capacidade de obter habilidades e conhecimento, são às vezes usados na Noruega, junto com outros fatores, para determinar se um adulto pode ter a guarda de seus filhos.
Os resultados deles, no entanto, despertam suspeitas. O jornal Dagbladet escreveu ontem que "os testes de QI são um método da década de 1950".